Ás vezes bem esquecidos
Do que se está a passar
Passamos tempos perdidos
Que o tempo passe, a ansiar
Corremos o risco sério
De viver aborrecidos
Esquecemos o mistério
E vivemos divididos
Mas para a vida acordamos
E pensamos, “É mesmo desta”
Ao sapato corda damos
E descobrimos “Isto é uma festa”
Pomos o melhor fato
A melhor mesa na sala
Preparamos o arroz de pato
“Venha o faqueiro de gala!”
O trabalho, o campo, a viagem
A escola, a praça e a Igreja
Tudo isto na outra margem
É bem festa que se veja
Tendo tudo, nada temos
Mesmo com muito dinheiro
Se por falha nos esquecemos
De contratar o festeiro