- Caramba, nunca mais isso te sai das mãos?
- Pai, foste tu que me deste esta tarefa titânica e agora queres que eu faça isto a correr?
- Assim nunca mais vais chegar a ser aquilo que tens que ser. O teu papel no futuro é deixares as coisas imperfeitas e depois ires fazendo à medida. Quem faz as coisas perfeitas são as máquinas.
- Mas, mas assim não serei puro.
- Meu filho, o mundo não tem nada que ver com pureza, o mundo tem que ver com transformação, de outra forma ficas como o sujeito que recebeu um talento e não o queria arriscar e por isso acabou por não fazer nada e teve o fim pior que pode haver.
- Qual é esse fim?
- É o fim do arrependimento.
- Se eu começar a fazer agora, não me sentirei mal por pensar que já devia ter começado?