Categoria: Conversas banais

– Não sei bem o que lhe hei-de comprar?- Escolha à vontade.- É difícil. É tudo tão bonito!- Quer oferecer a alguém ou é para si?- É para oferecer.- A quem? Posso perguntar?- A toda a gente, sem excepção.- Acho que sei o que é melhor.- O que é?- Veja. Que lhe parece?- Ah, mas…

– Não sei bem o que lhe hei-de comprar…- Escolha à vontade!- É difícil, é tudo tão lindo!- Quer oferecer ou é para si?- É para oferecer.- A quem? Posso perguntar?- A toda a gente, sem excepção.- Acho que sei o que é melhor.- O que é?- Veja. Que lhe parece?- Ah! Mas essa sou…

– Ei, ei.- Tu, por aqui?

– Por decreto?- Por decreto não dá!- Pois não.- E então como é que vamos fazer?- Oh panh, isso queria saber eu e muito boa gente!

– Isto não vai lá.- Vai, vai.

– Vai para o teu quarto escrever!- Fogo! Hoje já disse que não me apetece.- Mas quem é que te perguntou pelos teus apetites?- O quê?- O quê, nada. Salta desse sofá e vai para o teu quarto escrever.- E se eu não for?- Nem te atrevas.- Nem te atrevas porquê?- Estás a pôr-me num…

– Afinal há, ou ainda não há?- Claro que há!- E onde é que viste isso?- Na net.- Sim, mas na net, onde?- Sei lá, num site qualquer, já não me lembro…- Então isso existe mesmo. Ainda há dias estava a pensar que se devia criar uma coisa assim.- Ui! Isso já tem uma montanha…

– A cultura italiana é mais pisas e isso.- Só podes estar a brincar!- Sim, eu sei do Dante e tal mas isso era dantes.- Isso do “dantes é que era” parece-me de um povo que descobriu tudo menos a si mesmo.- Então diz lá o que ainda não foi descoberto, já que sabes tanto.-…

– Tu achas que consegues isso?- Acho que sim.- Quê? Nem o outro que movimentou multidões realizou esse feito.- Eu sou o finalizador.- O que toca para dentro das malhas?- Sim, eu sou esse.- E como é que sabes?- Porque sei. Como diria o Agostinho da Silva: “ é meter para dentro do peito e…

– Importas-te de pôr esses óculos onde estavam?- E que é que isso te interessa a ti?- O que me interessa é que depois sou sempre eu a pô-los no sítio.- Coitadinha da escravinha!- Ok. Tens razão em tratar-me assim?- Como? O que é que queres dizer com isso?- Esquece!- Esqueço o quê?- Não vai…

– Porque falas tanto de ti próprio, meu amigo?- Queres mesmo que te explique?- Sim.- É que isso vai ser falar mais sobre mim próprio!- (risos) Não tem mal.- Então, talvez deva começar por dizer que o meu trabalho principal é sobre mim próprio.- E dentro de seres tu próprio está o falares de ti…

– Eu sou o maior, filho.- E eu, pai?- Tu és o segundo maior.- Tu és o maior às direitas, pai, eu vou ser o maior ao contrário.- Livra-te disso!- A sério? Estás mesmo a falar a sério?- Não me fales assim, exijo respeito.- Respeitinho, respeitinho…- Olha que eu…- Olha que eu isto, olha que…

– Vamos tirá-la.- Então a acabou de despontar e já a queres tirar da terra?- Não sei que nome lhe hei-de dar.- Tu e a mania dos nomes. Deixa crescer mais um bocado e logo vês que nome é que pode ter.- Não me quero afeiçoar a ela. E depois se não dá nada, como…

– Bom dia!- Bom dia!- Como acordou o menino?- Bem disposto, obrigado!- E dormiu bem?- Sim. Sonhei que estava a ser puxado por várias máquinas em várias direcções.- Ui, que pesadelo.- Pois, isso é que é estranho: eu estava a gostar.- Sério?- Sim. Era como se me sentisse apreciado por elas, desejado, sabes…- Às vezes…

– Conta lá então, como é que é isso da humanidade…- Nem te sei dizer muito bem. É assim: o melhor não é estarmos só preocupados com as nossas necessidades individuais mas sim com o que nos pede a humanidade ou mesmo a consciência universal.- Não percebo mesmo nada disso…- Imagina o corpo humano, nós…

– Ai, Ai, ai, ai!- Que é que estou a fazer agora?- Estás a fazer o que eu não quero que tu faças.- Ai sim? E o que é que tu não queres que eu faça?- Isso que tu estás a fazer…- Mas eu não sei se me apetece parar…- Mas sei eu!- Sabes o…

– Queres que te diga a resposta? A resposta é não!- Mentes com quantos dentes tens!- Muito bem. E se estiver a mentir?- És um cobarde, é o que és.- Não sei o que faça.- Isso logo vês, ó paspalho!- Paspalhona!- Anda daí, não pode ser assim tão mau!- Isso se tu não tivesses uma…

– O que eu não dava para recuperar o que eu já tive. Tenho tanta pena de o ter perdido!- Se o perdeste foi por uma razão..- Ainda por cima sei porque o perdi. Por isso é que me dói tanto. Porque é difícil perdoar.- Não fosses burro!- Não fosse burro? Então isso é forma…

– Onde é que tu andaste?- Nem sei bem.- Não sabes bem? Tu sabes que hora é?- Perdi um bocado a noção.- Perdeste a noção? Olha para o relógio.- Sei bem.- Sabes bem? Tu sabes que dia é?- Não sei bem.- Não sabes bem? Tu sabes que ano é?- É o ano em que eu…

– Ouve lá: já puseste o peixe a fritar?- Mandar sabes tu, não é minha mansa?- Puseste ou não puseste?- Oh minha desgraçada, não vês que tive que ir à venda comprar batatas?!- O que não te falta são desculpas!- E a ti o que te falta é a vergonha!- Olha-me esta a chamar-me desavergonhada!…