Oh SebastiãoQue trarás tu na tua mão?O nevoeiro sacudiuAquilo que quase ninguém viuTrazes a força, Bastião?O que é que vem na tua mão?Trazes a Paz de CristoOu é um mistoDe conversação, de negócio ricoVirás bonito?
Autor: TóZé
Oh Lua
Oh LuaQue trazes em ti?Olé, Olé, OléVai, sobeEntra aquiNo telhadoDado, dadoPor ti,Que dizes?- Digo que seiEstou ocultaVolto de onde pareiVolto a ser astutaOh LuaQue fazes aqui?Olé, Olé, OléTransporto cabeçasSonambulos tristesEm dúvida que tu existesOh Lua,Que mexes comigo?Olé, Olé, OléCorre canetaCorre, corre,Pelo mundoDança, DançasCanta, ouve, cantaQue te veja no palcoCaneta! Parabéns!Chegaste ao palcoSerás vistaÉs caneta, serás…
Oh i oh ai
Oh i oh aiQuem daqui tira a energiaDe querer exprimir a dor que carregarVai lá cura essa aziaAbre o peito e prepara-o para amar
O vira do acordar
Oh vira que viraOh vira, virouAs voltas do viraSou eu que as douSou eu que as douNo meu coraçãoSe o teu também falaDancemos entãoDancemos a vidaQue há-de chegarDeseja com forçaE vais acordarE vais acordarDe olhos abertosOlha para os homensEstão todos despertosDesperta amigoVem cá tu tambémSegue o teu caminhoReza e diz Amén
O interlocutor
Sei que souUm bom interlocutorEmbora quando gravo e vejoSinta sempre alguma dorAinda agora vi falarNuma extensa gravaçãoEsse senhor Andrew TateE um terapeuta cheio de razãoPensei depois assimPreciso melhorar o inglêsPois se estivesse ali sentadoFaria bem a sua vezSerá só uma ilusãoOu será mesmo verdadeQue p’rá conversa tenho quedaSe me der essa liberdade?É assim a minha…
Números há aos milhões
Os números da confusãoQue sei eu, pois entãoSe os penso, fogem-me a correrSe os agarro, faz-me doerNão encaixo as operaçõesNumeros há aos milhõesQuando penso nestes ditosSei que os há aos infinitosQue sentido faz pensarSe a minha cabeça fazem pesar?
Fui-te encontrar dentro de mim
Fui-te encontrar dentro de mimGuardado no lugar mais puroE o início é esse fimQuero passar por esse muroHei-de ser pois uma criançaQue aceita sempre o teu guiarCom humildade e confiançaDe que nada me há-de faltarSei tão pouco da tua pessoaNo fundo é essa a verdadeEnquanto o tempo voaA adivinhar Tua VontadeQue eu solte todo o…
Festa a sério
Que bom que vai serMal posso esperarAssim ver cada umPouco a pouco a acordarEntra lentamentePor uma pequena friestaEssa tua palavraNos prepara para a festaNão será como as outrasEssa sim será mesmo boaPodemos parar por agoraDe festejar à toaQueremos festa, é verdadeE isso é naturalMas que o Senhor nos livreQue ela seja artificialMuitas vezes dizemos“É o…
Faço-te um poema
Faço-te um poemaPara que plenamente vivasQue tudo o que em tiÉ talento e latejaSe torne em algo presenteQue se toque e que se vejaE quando enfimNesse caminho estiveresOmbro a ombro iremosOnde no fundo do teu coraçãoHonestamente quiseres
E agora estou assim
E agora estou assimNão tenho quem ligarNem isto é verdade, enfimBasta na lista pegarNão é isso que me faltaAinda não é o momentoEspero sentir-me em altaSentir a força do ventoAinda não é a alturaÉ o que estou a sentirNada para sempre duraNaturalmente há-de virTenho tempo para lerQuero o livro acabarGraças a Deus por o terVou…
Deus é nosso amigo
Deus é nosso amigoEle acompanha-nos sempreAssim não correrás perigoAbre a porta e dizEntreEle senta-se contigo à mesaE partilha tua comidaLiberta a tua alma presaDepois enche-te de vidaGoza da tua pazAceita o simples e a tranquilidadeAprecia a luz e só o bem fazE da criança conserva a idadeTu foste escolhidoPara servir o SenhorPõe a render os…
Dá-me vontade de comer
Dá-me vontade de comerOra eu não quero engordarInvento logo o que fazerRimas há para rimarA caneta corre sozinhaEnquanto olho especadoEstou sentado na cozinhaNa rádio toca um fado“Quando eu morrer”, canta eleNão entendo o que dizDo que faz da vida deleEm que terra fez raiz
Com corpo
Hoje falei com o meu corpoDeitado na minha camaFalei com o meu corpoHoje falei com o meu corpoDiz-me que está feridoSangra por todoPor isso tem medo de sair à ruaPorque sangra por dentroHoje falei com o meu corpoDizia-me somente isto:- Estou feridoFerido de morteDe pouco te posso ajudarSei que queres jogar, percorrerInventar, conquistar, viverTens um…
Algures
AlguresSempre alguresSempre que estou alguresE quero escreverAparece-me algures na canetaUm algures que não conheçoDe lado algumÉ assim um vazio,Um espaço que não é aquiE por isso não posso conhecerSe calar, gostava de conhecer alguresSerá limpo, será alegreSerá igual a nenhuresAlgures de nenhures.Será que até já passei por lá?
A maratona da escrita
A maratona da escrita.Escrever até não poder mais.Arrumar todas as ideiasEm folhas de papelPrende-las em cadeados de tinta,Percebê-las, tirar-lhes a pintaSentir-lhes o gostoComer-lhe o felComo quem faz meia,de forma grotesca e feiaComeço a tecer-te uma teia.Eu escrevo, quem quiser que leiaÉ disto que tenho a alma cheiaAmanhã tiro os sapatosDo armário o pó dos fatosPego…
A força da cruz
Ó Senhor dos exércitosFaz descer sobre mimA força da cruzDo teu filho amadoMeu querido JesusQue eu completeNa minha carneO que faltaÁ Tua paixão.
Vou andar devagarinho
Talvez já não seja o tempoDe continuar com pressaVou andar devagarinhoEsperar que aconteça“É assim que se faz”Era a minha avó a explicarQuando se trata de sonhosTemos mesmo que esperarPedir muito a DeusQue tudo se realizeQue o amor se espalheQue o bem se concretizeNo colo de nosso SenhorQuero estar bem descansadoSer como uma criançaAo seu lado…
Que eu sempre este medo tenha
Que toda a busca cesseDesse triste e vil minérioAlinhemos nosso trabalhoA construção do V ImpérioRodeado de criançasPraticando a Santa MissaAprofundamos as esperançasRenunciando à cobiçaO que é meu, é teu tambémE reparto com prazerSe tens fome, não estais bemComo posso eu viver?
Que toda a busca cesse
Que toda a busca cesseDesse triste e vil minérioAlinhemos nosso trabalhoA construção do V ImpérioRodeado de criançasPraticando a Santa MissaAprofundamos as esperançasRenunciando à cobiçaO que é meu, é teu tambémE reparto com prazerSe tens fome, não estais bemComo posso eu viver?
Vai vende quanto tens
Se eu soubesse um momentoTodo o bem que me queresPerguntassem o meu sustento- Ouve lá: quanto é que auferes?- Pega no quanto imaginaresJunta o quanto ainda ficaPõe o quanto encontraresÉ só metade rica.Porque é este o maior tesouro:Vai, vende quanto tensA prata, as pérolas, o ouroE todos os outros bensCaso haja coisa aindaQue te faça…