Assim estou eu aqui
Em actos infra-banais
A catar o lixo que me dão
As nossas redes sociais
De todas as vezes
Acho, vai ser diferente
Mas talvez a verdade
É que eu esteja dependente
Uma meia novidade
Aquela pessoa quase-aflita
A última teoria
Ou uma cara bonita
Pergunta-me amanhã
Que te volte a dizer
Vou ter, pois, que confessar
Tudo acabar por esquecer
Que coisa esquisita esta
De tornar sempre a voltar
Sei que serei mais feliz
Quando decidir cortar
São tudo falsas promessas
Equivocada comunicação
É felicidade às avessas
Sementes de polarização
Liberto-me e saio à rua
Vejo tudo no ecrã especado
Está assim cada um na sua
Vai demorar um bocado
Seja meses, seja anos
A cantar de festa em festa
Minhas manas e meus manos
Conseguimos, vai ser desta!