Sábado, sete de outubro de dois mil e dezassete.
Quase sozinho
Com uma caneta
Que não gosto tanto
Olho para a ampulheta
E quase desato num pranto.
Penso que talvez
Tenha encontrado companheira
Com ela do meu lado
Imagino a vida inteira
Biberão, limpeza e fraldas
Prometo não ser um baldas
Cuidar assim bem dos meus
Tratar-lhes de toda a papa
Ajuda-los a descobrir
E a criar o próprio mapa
Se quiseres isso de mim,
Estarei ao teu serviço
Seja qual for o fim
A ti serei submisso
Por isso me sinto só
Neste fim de dia
Eu escrevo este poema
Joga solitário a minha tia.
Imagino onde estás
E se realmente gosto de ti
Se não estiver a fantasiar
E que foi parcial o que vi.
Não te quero desiludir
Com o que de bom te dou
Ainda me conheces pouco
É complicado o que sou.
Acho que não vou ficar quieto
Estou atento ao teu olhar
Não sei se passearemos
Ou se vamos namorar
Estou já no fim da página
Está no fim esta cantiga
No mínimo eu sei que quero
Ter-te como grande amiga!