Hoje tu telefonaste
E senti um bocadinho
Brincaste comigo e pegaste
Será este o caminho?

Foi uma virose, disse-te eu
E puseste-te a contar
Dos outros que a tiveram
P’ra que me pus a inventar?

Tu és doce, és pessoa
Sabes brincar e fazer rir
Não faz mal o que Deus queira
Ainda longe havemos de ir.

Sou como a cobra no deserto
Logo se vai escamando
Sua pele já não é aquela
Mas sempre a vai arrastando

Assim sou eu trazendo
Meu passado atrás de mim
Já muito me tem lesado
Mas creio que isso terá um fim

O fim do mundo será
Uma bela maravilha
Daremos todos as mãos
Nenhum Homem será uma ilha

Estes dias que passaram
Fiz pausa de jejum
Facebook, observador
Linkedin e mais qualquer um.

Dia deitado na cama
A cuidar minha “virose”
Tempo de quem já não ama
Ter no cérebro uma entorse

Acho que já não estou apanhado
Por este turbilhão de informação
Dói-me a alma, tenho medo
Mas sinto Deus na minha mão

Tenho nela tanta força
Apesar da fragilidade
Respiro esse aperto no peito
Ele é a minha vontade.

É isso que lhe peço agora
Para todo o que vive
Que saiba viver na hora
Que a vida seja livre

Aquilo que sonho agora
Pode ser algo diferente
Que eu possa dar a mão
Paz de cristo a toda a gente!