Eu gostava de dormir bem
Eu gostava de dormir menos
Eu gostava de dormir bem menos
Quantas vezes conto
Que acordei sem querer vida
Quantas vezes conto
Acordar sem meu acordo
Ás vezes levanto-me e apetece-me viver
Mas tão raras são estas as vezes
Que troco a manhã por uma cama
Que me engole metade do dia
Que me perdoe o Senhor a agonia
Mas viver me custa
Já em linha recta custaria
Mas assim em sinosoide
Sen o senso Con o senso
Em gostava de dormir menos
Gosto de quando ás vezes assim é
Aí eu sou um Homem de pé
O sol é a força que vejo pela janela
E tudo o que sou se mistura
E tudo o que sou se pinta junto numa tela
Não é apenas isso que sou.
Ando acima e ando abaixo
Anda abaixo e contrabaixo
Que é sempre em baixo
Que é sempre acima
Gostava de saber quando me apareces, menina.
Por ti, recuperarei
Tudo o que sou
Tudo de quanto mim sonhei
Muita água quente numa tina
Os filhos que me darás
Será nesta, será noutra?
Não ouviste nada
Ao romper o sol a madrugada?